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Alunos do secundário abrem horizontes científicos

«Expo FCT 2012 - Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação» na Universidade Nova de Lisboa

 

Mais de cinco mil alunos do secundário assistiram a 13 de Abril a aulas e participaram em experiências nos laboratórios da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), na Costa da Caparica. Ainda não realizaram os exames que lhes darão acesso ao ensino superior, mas foram tratados como universitários.

“Isto é uma espécie de dia aberto da faculdade, mas com condições especiais. A faculdade toda e os laboratórios têm atividades específicas”, explicou à Lusa Fernando Santana, diretor da FCT, explicando que o objetivo da «Expo FCT 2012 - Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação» é mostrar a Faculdade aos jovens para “melhorar as condições de escolha quanto ao seu futuro”.

A maioria dos alunos, que “vêm de todo o país, mas especialmente da zona litoral”, ainda não escolheu o que quer seguir, apenas sabe que prefere ciências. “As áreas da saúde, biologia, química, bioquímica e ambiente são as mais procuradas”, disse o professor João Sottomayor, coordenador da sexta edição da Expo FCT, que acredita que a opção por estas áreas está associada “às experiências mais apelativas”.

Num dos laboratórios de química, a professora da Escola Secundária de Miraflores Ana Maria Cutileiro explicou porque decidiu levar os seus alunos do 10º ano à Expo FTC: “A maioria não sabe o que quer seguir e é entre o 10º e o 12º que vão surgindo essas ideias. Chegando aqui, abrem novos horizontes e é muito interessante ver alunos (universitários) muito novinhos, quase da idade deles, a explicar as experiências. Isso motiva imenso porque eles imaginam-se daqui a dois anos neste meio”.

Entre os milhares de estudantes, muitos não têm dúvidas que o seu futuro passará por aquela Faculdade, como acontece com Tomás Mano, 15 anos, aluno do 10º ano da escola Rainha Dona Leonor, em Lisboa: “Queria estudar aqui na FCT, qualquer coisa associada a química porque gosto de explosões”, admite. O jovem diz que foi naquela universidade que estudou a sua família e acredita que ali terá “boas oportunidades de futuro”.

À semelhança dos campus universitários norte-americanos e ingleses, os recém-chegados à Costa da Caparica ficam com a sensação de que “é tudo longe e as pessoas fartam-se de andar”, mas, no final, “as relações entre as pessoas estreitam-se e criam-se grandes amizades entre alunos e professores”, lembrou João Sottomayor.

Além das visitas guiadas aos departamentos, onde foram apresentadas mais de 120 experiências científicas, tecnológicas e de índole pedagógica, o evento inclui a exposição de empresas com as últimas novidades tecnológicas e atividades desportivas radicais. Durante o dia, os alunos puderam ainda assistir à atuação das tunas e de grupos de Dança e de Teatro, mas também passar pela Feira de Tecnologia e Inovação.

In: www.cienciahoje.pt