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«Volta à Física em 60'»

Volta à Física em 60' é o tema da nova exposição principal do CCAH que foi inaugurada a 6 de Setembro de 2012.

Informamos que podem ser efetuadas marcações para a sua visitação.

 

Multiplicidade de oferta do CCAH

Com esta nova exposição aumentamos o leque de ofertas ao visitante, passando a dotar o espaço principal de maior versatilidade com quatro valências. Dispomos de uma sala com 14 módulos interativos e 22 experiências, para além de um laboratório bem equipado e ainda uma sala de projeções para seminários workshops ou conversas informais (miniauditório) e um local para consulta da Exposição Online de Ecossistemas dos Açores, a somar ao espaço de acesso à internet (CINET). Desta forma, o visitante quando entra no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo (CCAH), e após explorar a exposição, pode deslocar-se ao laboratório ou às outras valências. Assim, o visitante pode voltar mais tarde ao CCAH para explorar outras valências (ou aprofundar outras partes da mesma) ou poderá explorar duas valências na mesma visita, envolvendo-o durante mais tempo e dando-lhe uma maior satisfação.

Tema e Área Científica

O que se pretende é explorar vários conceitos da física em 60 minutos, mas se quisermos aprofundar um ou mais temas específicos da física, esta “volta” pode demorar bem mais do que isso. Os tópicos de física que são explorados são os seguintes: radiação; espectro eletromagnético; termodinâmica; mecânica; ótica; ondas e eletromagnetismo. As questões exploradas e os módulos interativos estão sempre contextualizados em aplicações do dia-a-dia, seja na natureza ou em equipamentos e tecnologia existentes na sociedade atual. As várias abordagens e configurações interativas são trabalhadas num contexto lúdico, divertido e contraintuitivo, típico do ambiente não-formal dos Centros de Ciência. O desenvolvimento científico e técnico da exposição e laboratório tem a coordenação científica de uma equipa da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

E porquê a física? A Física pode subdividir-se em inúmeras disciplinas e envolve conceitos atrativos em termos sensoriais. Nesta exposição podemos ver plasmas, luzes, padrões em lasers, magnetismo, bolas a saltar, ouvir sons, etc. Tudo é feito com interatividade, dando espaço para a complementação com outras experiências inovadoras. Há circuitos, aerogeradores e bobinas elétricas, espelhos que alteram a imagem, ilusões de ótica, há uma câmara de infravermelhos e uma bola que não cai ao chão devido à pressão atmosférica. Também se disseca a física do arco-íris, halos, os relâmpagos, auroras boreais, ondas de montanha e cartas sinóticas entre outros exemplos da natureza.

Tendo em conta que o Observatório do Ambiente dos Açores - e a Associação para o Estudo do Ambiente Insular que o gere - desenvolvem trabalho na área da Educação Ambiental, considerou-se oportuno que o tema central da exposição e do laboratório fosse ligado a questões climáticas, ambientais e locais. As questões a abordar centradas na problemática do clima são assuntos de interesse próximo do grande público, onde alguns fenómenos são comuns de observar na natureza e fortemente popularizados pelos media. O desenvolvimento temático e contextualizações ao tema “O Clima” na exposição e laboratório tem a coordenação científica de uma equipa de investigadores e docentes do Grupo de Clima e Atmosfera do Departamento de Física da Universidade de Aveiro.

Público-alvo

Os conteúdos desenvolvidos e a sua interação e/ou experimentação com os visitantes destinam-se ao público em geral (em especial para o público escolar e turistas). Neste sentido, vários conteúdos possuem ligações e relações com os currículos do Ensino Básico e Ensino Secundário - das disciplinas de físico-química e biologia-geologia, por exemplo - e abordam sempre que possível exemplos e especificidades regionais, como por exemplo as ondas de montanha no Pico ou o parque eólico da Serra do Cume, na Terceira.

No entanto, a maioria destas questões não é compreendida pelas populações, o que aponta para a existência de uma lacuna na cultura científica nestes temas. Os assuntos que serão abordados ao longo da exposição e no laboratório, envolvem também questões relacionadas com o efeito de estufa, o buraco de ozono, fenómenos físicos na atmosfera, relação radiação, calor e temperatura, o efeito moderador do clima, comunicações a longas distâncias, relâmpagos, corrente elétrica e faíscas, ventos, fluxos de ar e ressonância, a energia eólica e o campo magnético terrestre. Em certos contextos, tendo em conta o efeito visual e impacto de algumas atividades, estas poderão ser utilizadas pelos professores como estratégia experimental motivadora para a introdução de certos temas a explorar em contexto escolar. Desta forma, poderá ser realizada a integração da componente não-formal apresentada no Centro com o contexto sala de aula.

Pretende-se assim promover a disseminação e difusão do conhecimento, envolvendo os agentes escolares de modo a integrar saberes de contexto não formal com saberes em ambientes de ensino formal. As duas valências integradas poderão criar contextos para formação de professores na área do ensino experimental das ciências. No contexto do público escolar, o CCAH pode receber dois grupos distintos de alunos divididos por cada uma destas valências. A exploração da visita à exposição e as atividades experimentais a realizar no laboratório envolvem, cada uma, entre 50 a 60 minutos, logo a visita de dois grupos de alunos, em rotação, poderá envolver duas horas de atividade distinta, visitando cada uma das valências propostas na sala principal do Centro.

Carácter “hand’s-on”, o visitante é o “motor” da visita.

Este projeto foi desenvolvido tendo por base o modelo de Centro de Ciência interativo centrado no visitante. O conceito criado tem como missão a promoção da cultura científica e tecnológica e a disseminação e difusão do conhecimento, envolvendo diretamente os visitantes. As atividades de comunicação de ciência visam o incentivo à experimentação e utilizam estratégias “hands-on”, “minds-on” e “hearts-on”. A implementação destas atividades está pensada para divulgação junto do grande público, colocando os visitantes num papel ativo e central. O visitante é que escolhe como quer aprender. Para tal, dispõe de protocolos produzidos pelo CCAH segundo o Método Enquire Based Learning, ou seja, através de questões assertivas onde a resposta não é automaticamente dada, o visitante é levado, segundo o método científico - observação, material, experimentação, resultados, discussão e conclusões - a atingir os seus próprios raciocínios, sempre com o apoio dos funcionários da equipa do CCAH.

Laboratório

Relativamente ao laboratório (uma das duas valências da nova exposição), este funciona em complemento aos módulos interativos mas também envolve diversas atividades experimentais de várias áreas científicas, que não apenas a física. Explora também atividades e experiências de química, biologia, geologia e meteorologia. Possui conteúdos que podem ser renovados com a frequência adequada e na área científica pretendida. Encontra-se equipado com inúmero material e equipamentos - microscópios, lupas, balanças, agitadores, placas de aquecimento, osciloscópio, gerador de sinais, blenders, etc.

Em termos de oferta científia, possui 24 kits portáteis com experiências prontas a realizar em qualquer local. No total disponibilizam-se cerca de 65 experiências diferentes ao visitante. Os kits estão separados e organizados por cores, conforme a área científica a que estão ligados. Em termos de vantagens, sendo os conteúdos laboratoriais contextualizados com a exposição, poder-se-ão criar visitas temáticas (parciais) à exposição com integração de atividade laboratorial e, desta forma, criar diferentes percursos de exploração na visita à exposição, o que significa que o visitante poderá voltar para outras explorações da exposição.

A atividade do laboratório a realizar pode ser uma oficina experimental de construção de um pequeno modelo ou produto, o qual o visitante (turista ou criança) poderá levar consigo como recordação produtos produzidos de forma científica por ele próprio - um sabonete, um creme de mãos, um holograma desenhado à mão, um motor simples, um sensor de pH, etc...

Ficamos à espera da sua visita!